Parece que a inflação está voltando ao Brasil. Obviamente, não nos níveis dos início dos anos 1990, mas o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, apontou uma alta de 0,89% em novembro.
Isso fez com que o índice para os últimos 12 meses fosse de 4,31%, acima do centro da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2020 de 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, pode variar de 2,5% a 5,5%.
Com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) já em andamento, fica a dúvida: o ciclo de manutenção da taxa básica de juros, a Selic, nos 2% ao ano, está com os dias contados?
Diante dessas informações, o mercado decidiu focar mesmo nas vacinas e na política fiscal. O dia, no entanto, foi bem volátil. A bolsa iniciou a terça-feira em alta, mas caiu durante a tarde. Encerrou o pregão em leve alta de 0,18%, aos 113.793 pontos.
A questão fiscal continua no radar. E uma novidade: o novo programa de renda mínima fica fora da PEC emergencial do teto de gastos.
O relator da PEC, senador Marcio Bittar (MDB-AC), lamentou a interlocutores a falta de um consenso para incluir a criação de um novo programa de transferência de renda – demanda que era uma bandeira principalmente dos parlamentares do Norte e Nordeste.
Outra preocupação: o risco de paralisação de fábricas de automóveis por falta de insumos é alto, diz Anfavea. Inclusive, existe a possibilidade de linhas de produção pararem já nesta semana.
Já o cenário na BRF é outro. Otimista, a empresa estimou receita líquida de R$ 65 bilhões de 2021 a 2023. Com o anúncio, os papéis da companhia chegaram a subir 12%.
Os papéis da Eletrobras também estão em destaque, desta vez no relatório do BTG Pactual. O banco recomendou a compra de ações da estatal devido à reviravolta operacional “sem precedente” da empresa nos últimos cinco anos.
E a Tesla, indo bem como sempre, anunciou um aumento de capital de US$ 5 bilhões, o segundo em três meses.
CNN
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