Puxado mais uma vez pela alta da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,53% em junho, abaixo da taxa de maio, que foi de 0,83%, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo assim, é o maior percentual para o mês de junho desde 2018 — no ano passado, a variação mensal foi de 0,26%.
Nos últimos 12 meses, o IPCA alcançou 8,35%, percentual bem acima do teto da meta de 5,25% previsto para este ano. No ano, o índice acumula alta de 3,77%.
A inflação em 12 meses a 8,35% representa um reajuste deste mesmo tamanho no teto de gastos para 2022, o equivalente a um extra de R$ 124 bilhões. O limite neste ano foi de R$ 1,486 trilhão e, no próximo, vai para R$ 1,61 trilhão. É o maior reajuste desde que a regra do teto passou a valer.
Criada em 2016, a regra do teto de gastos proíbe que o total de despesas do governo cresça mais do que a inflação. O reajuste para o teto do ano seguinte deve sempre ser feito pela inflação acumulada em 12 meses até junho do ano anterior, medida pelo IPCA, que está em um dos maiores patamares dos últimos anos.
Com isso, depois de uma ginástica fiscal para conseguir manter todas as despesas dentro de um teto de gastos especialmente apertado em 2021, o governo terá em 2022, ano de eleições presidenciais, a situação oposta: deve sobrar dinheiro para gastar, graças à inflação alta.
A BOLSA E O DÓLAR NESTA QUINTA-FEIRA
O desempenho dos mercados no dia de hoje. Veja aqui
O dólar fechou em alta de 0,29% nesta quinta-feira (8), a R$ 5,255, depois de uma intervenção do Banco Central no mercado de câmbio.
Na B3, o Ibovespa recuou 1,27%, aos 125.427 pontos. Com isso, o principal índice da bolsa nacional acumulou queda de cerca de 1,7% na semana. Nesta sexta-feira (9), não haverá negociação na bolsa paulista em razão de feriado em São Paulo.
Fonte: Negócio Fechado
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